2012 NÃO FOI UM ANO BOM PARA A MÚSICA

De pessoa bonita, inteligente e elegante só nos sobrou a Carla Bruni. Acho triste que tem gente que acha que a Lana Del Rey é alguma coisa nesse tipo, sendo que ela é muito forçada e canta pior do que a Britney Spears – confesso que acho o disco dela o máximo e é uma pena que não tenha sido gravado por uma cantora de verdade.

2012 não tem sido um bom ano para a música na minha humilde opinião. Madonna lançou um disco tão ruim que me magoou profundamente; tendo ela trabalhado com o Orbit eu jurei que a coisa ia ser tão maravilhosa como foi antigamente, mas não chegou nem perto.

Mariah Carey lançou uma música que quase não tem Mariah Carey! Pô, que é isso Mariah Carey!

Alanis Morissette, uma das que eu sempre amei, lançou um disco que mais parece de uma cantora Gospel, o disco tem dois ou três momentos, todos com exageros gramaticais que ofuscam um pouco as melodias – as guitarras voltaram com mais força - mas nenhum deles é um momento “Alanis” como “Uninvited”, “Simple together” ou “torches” do anterior “Flavors of Entanglement”. A que eu mais gosto em “Havoc and bright lights” é “Receive”, mas ainda assim me parece tão pessoal como se eu não devesse estar ouvindo.

Esperanças: Tem coisa nova do No Doubt que voltou No Doubt e tão bom quanto sempre foi, tem coisa nova do  Two door cinema club e vai ter coisa nova da Christina Aguilera que eu sempre gostei muito, ainda considero “Bionic” um dos melhores discos de música pop dos últimos tempos.

 Minha salvação foi o novo da Fiona Apple, lançado depois de 7 anos, “The Idler Wheel Is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do” traz uma Fiona Muito linda, muito magra, e com mais força do que nunca. O disco não deixa a desejar pra quem já gosta dela das antigas e para novos fãs.

 O mais interessante sobre Fiona, é que mesmo sendo aclamada pela crítica e amada por seus leais fãs, a cantora faz o impossível nos dias de hoje e está mais reclusa do que nunca.  Fazendo o caminho inverso do mundo da música, um mundo em que existe uma síndrome de déficit de atenção, onde todas as coisas e pessoas surgem e somem com a velocidade de um raio, Fiona tem se escondido em sua casa, cuidando da sua cadela Janet, que tem 13 anos e pode morrer a qualquer momento.

 Então talvez tenha sobrado mais alguém do que a Carla Bruni. Não tão elegante quanto a ex primeira dama da frança, Fiona me faz perceber o quanto eu estou ligado a valores antigos, me sentindo uma velha, num mundo onde ninguém mais tem valores, pois a fama pode aparecer a qualquer momento, caso você faça o comentário certo na hora certa. Mesmo amada e famosa, tendo lançado um dos melhores discos do anos, Fiona Apple, quando não está em turnê, escolhe ficar em casa fazendo companhia para sua cadelinha idosa e doente.