Wednesday, January 10, 2007

Paper Bag.

Não é você. E a idéia de sair com alguém que não seja você me parece traição. Não traindo você, mas sim traindo a mim mesmo. Simplesmente porque não é você e pronto.
Eu não quero ouvir outra voz no telefone me chamando pra sair. Eu não quero esperar ansiosamente por alguém que não é você.
Eu não vou conseguir. Não. Por que eu aprendi com você que a gente deve olhar nos olhos das pessoas, mas só os teus que eu queria olhar. Só os teus. Que são o que eu mais me lembro em você. O jeito que você me metralhava com o olhar e eu ficava sem graça e deus sabe como é difícil me deixar sem graça.
Mas você me deixava. Muito. Eu controlava até a respiração quando você me olhava. [só pro caso de você achar minha respiração nojenta]. Eu tentei.
Eu tentei, tentei e tentei. E eu me controlei. Mas eu não detive minhas lágrimas e acho que foi isso que te espantou. Não foi?
Tenho certeza que eu sou o máximo de realidade de que já chegou perto de você. O que você está procurando agora? Um corpo malhado? Um pau grande? Só te digo boa sorte. Tomara que você encontre alguém mais inteligente que uma colher de pau. Tomara.
Eu só queria você. Do jeito que você era. E só. O resto do corpo estava bom se eu pudesse olhar nos teus olhos pro resto da vida.

2 comments:

carla castellotti said...

bom, te achei na comunidade da Clarah.
Legal seu texto, acho que caregamos esse lance visceral.
continue. sempre.

carla castellotti said...

tá errado o link. o certo é esse aqui;
www.sequella.blogspot.com